sexta-feira, julho 20, 2007

Sorrio...


"Cada um tem a sua vaidade, e a vaidade de cada um é o seu esquecimento de que há outros
com alma igual…”

Bernardo Soares

domingo, junho 24, 2007

Uma colheita


"Adoramos a perfeição, porque não a podemos ter; repugna-la-íamos, se a tivéssemos. O perfeito é desumano, porque o humano é imperfeito."
Fernando Pessoa

Imodéstia


"Tenho pensamentos que, se pudesse revelá-los e fazê-los viver, acrescentariam nova luminosidade às estrelas, nova beleza ao mundo e maior amor ao coração dos homens."
Fernando Pessoa

sábado, maio 26, 2007

Elogio puro


A vocês, que são pessoas bonitas! (E como eu preciso de pessoas bonitas...)

quinta-feira, maio 24, 2007

Pelo menos...


“Tenta. Fracassa. Não importa. Tenta outra vez. Fracassa de novo. Fracassa melhor.”

Samuel Beckett

terça-feira, maio 15, 2007

Pois é...


"O que o homem busca em seus deuses, na sua arte e na sua ciência é o significado. Ele não consegue suportar o vazio."


François Jacob

Quero é viver

terça-feira, maio 08, 2007

Boas colheitas - Encontro com Carl Rogers I (e com Grotowski, e com outros Mestres...)


É necessário encontrar vias que permitam ao actor revelar-se e, desta forma comungar as suas experiências, os seus sentimentos com o público de uma forma verdadeira. Esta relação num ambiente mais favorável permite que o actor tenha uma atitude menos defensiva e esteja mais aberto à sua experiência e à dos outros.
O actor só poderá exigir dos outros se for generoso e verdadeiro ao entregar-se ao seu público, criando, assim, uma relação verdadeira, verdadeiramente significativa e enriquecedora para todos.
Quanto mais se sacrificar perante o seu público, mais ética será a sua representação e mais estético será o seu trabalho.

Passem palavra...


"Todas as nossas palavras serão inúteis se não brotarem do fundo do coração.
As palavras que não dão luz aumentam a escuridão."


Madre Teresa de Calcuta

segunda-feira, abril 30, 2007

A Desgraça do Sonhador

E vocês sabem o que é um sonhador, cavalheiros? É um pecado personificado, uma tragédia misteriosa, escura e selvagem, com todos os seus horrores frenéticos, catástrofes, devaneios e fins infelizes... um sonhador é sempre um tipo difícil de pessoa porque ele é enormemente imprevisível: umas vezes muito alegre, às vezes muito triste, às vezes rude, noutras muito compreensivo e enternecedor, num momento um egoísta e noutro capaz dos mais honoráveis sentimentos... não é uma vida assim uma tragédia? Não é isto um pecado, um horror? Não é uma caricatura? E não somos todos mais ou menos sonhadores?

Fiodor Dostoievski, Escritos Ocasionais

domingo, abril 29, 2007

I Am a man of constant sorrow - The Soggy Bottom Boys

Do filme "O brother, where are thou?" (Irmão, onde estás?), dos irmaos Cohen

sábado, abril 21, 2007

Tindersticks - Tiny tears

Obrigado Sophia


Não se perdeu nenhuma coisa em mim.
Continuam as noites e os poentes
Que escorreram na casa e no jardim,
Continuam as vozes diferentes
Que intactas no meu ser estão suspensas.
Trago o terror e trago a claridade,
E através de todas as presenças
Caminho para a única unidade.

Sophia de Mello Breyner

quarta-feira, março 21, 2007

Aos Pilares

Escolho os meus amigos não pela pele nem outro arquétipo qualquer, mas pela pupila.Têm que ter brilho questionador e tonalidade inquietante.
A mim não interessam os bons de espírito ou os maus de hábitos.Fico com aqueles que fazem de mim louco e santo.
Deles não quero resposta, quero o meu avesso. Que me tragam dúvidas e angústias e aguentem o que há de pior em mim.
Para isso, só sendo louco!
Quero-os santos, para que não duvidem das diferenças e peçam perdão pelas injustiças.
Escolho meus amigos pela cara lavada e pela alma exposta.
Não quero só o ombro ou colo, quero também sua maior alegria. Amigo que não ri junto não sabe sofrer junto.
Meus amigos são todos assim: metade bobeira, metade seriedade.Não quero risos previsíveis nem choros piedosos.
Quero amigos sérios, daqueles que fazem da realidade sua fonte de aprendizagem, mas lutam para que a fantasia não desapareça.
Não quero amigos adultos, nem chatos.Quero-os metade infância e a outra metade velhice. Crianças, para que não esqueçam o valor do vento no rosto. E velhos, para que nunca tenham pressa.
Tenho amigos para saber quem eu sou. Pois os vendo loucos e santos, bobos e sérios, crianças e velhos, nunca me esquecerei de que “normalidade” é uma ilusão imbecil e estéril.

Oscar Wilde

quarta-feira, março 14, 2007

Coragem



"Um homem nunca sabe aquilo de que é capaz até que o tenta fazer. "

Charles Dickens


Ou como diria o meu amigo Conceição Lopes, "Um homem nunca sabe aquilo de que é capaz até o sonhar..."

Boa!


Imagem tirada de http://www.1000imagens.com/foto.asp?idautor=1199&idfoto=13&t=&g=&p=11

quinta-feira, março 08, 2007

História exemplar

Entrei.
- Tire o chapéu – disse o Senhor Director.
Tirei o chapéu.
- Sente-se – determinou o Senhor Director.
Sentei-me.
- O que deseja? – investigou o Senhor Director.
Levantei-me, pus o chapéu e dei duas latadas no Senhor Director.
Saí.

Mario-Henrique Leiria, Contos do Gin Tonic

Simplicidade - Circle of love


terça-feira, março 06, 2007

Boas colheitas - Encontro com E. Gordon Craig I


A propósito do que vi há poucos dias...


Segundo Craig, raramente o que é bonito, o que é fácil, o que produz efeito é belo. Esses truques poderão servir ao actor, numa primeira instância, apenas para lhe trazer vantagens, quer sejam de ordem social ou material, podem até exibi-lo, mas nunca constituirão “símbolos perfeitos de tudo quanto existe na Natureza” .
O actor não procurará atalhos fáceis no seu trabalho, mas sim um “caminho verdadeiro”. É o fundo das coisas que nos deve importar”. O actor, no seu processo criativo, terá de descer "ao mais profundo da sua alma e tratará de descobrir aí tudo o que ela guarda". Nesta perspectiva, o processo criativo não será influenciado por estímulos externos à sua pessoa mas sim por estímulos internos. É com este material que o actor trabalha. O actor utilizará o material que é seu, fazendo com que o efeito, aquilo que parece bonito, aquilo que parece bem, seja estranho e muito pouco natural, tornando-se, desta forma, pouco verdadeiro e, em consequência, pouco interessante.

Goran Bregovic ft Kayah - Nie ma, nie ma ciebie

segunda-feira, março 05, 2007

Boas colheitas - Encontro com Grotowski II


sacrifício do actor - acto de amor verdadeiro


O actor, ao sacrificar-se (acto de amor), ao colocar na personagem tudo o que de mais pessoal, mais verdadeiro e mais íntimo tem, revela sentimentos que, muito embora pareçam individuais, são os mais universais e aqueles que permitem aos espectadores uma melhor identificação com o que estamos a dizer, aqueles que vão mais fundo e que se tornam experiências criativas, verdadeiramente marcantes e dificilmente esquecíveis, fazendo com que o espectador, ao assistir ao espectáculo, também se analise a si próprio.


Boas colheitas - Encontro com Grotowski I


actor santo VS actor cortesão

o actor cortesão (Stanislavski chama-lhe mecânico) é aquele que ao longo da sua experiência coleccionou um vasto repertório de truques, de métodos e artifícios. Quando trabalha numa determinada personagem vai mudando a combinação entre esses truques (ou efeitos, ou clichés, ou artifícios) que foi aprendendo, construindo uma fórmula que lhe parece a mais indicada, a que resulta, para se vender perante a sua assistência.
O actor santo é aquele que trabalha com o inconsciente, que ultrapassa os seus próprios limites e representa num estado de transe, isto é, “a capacidade de concentração num sentido teatral particular, e que pode atingir-se com um mínimo de boa vontade”. É aquele que estabelece uma atitude de dádiva de si próprio, de sacrifício perante o seu público, sendo comparável a um acto de “amor verdadeiro”.

segunda-feira, janeiro 29, 2007

"O mundo de tão interessante que é, chega a doer, a ranger, a enjoar, a cortar, a roçar...
talvez eu sinta demais ..."

Fernando Pessoa

domingo, janeiro 28, 2007

Há quanto tempo?


Já vivemos...
Foram breves instantes.
O tempo passa por nós, mas dissolve-se a cada recomeço.
Ficámos mais fortes...
Há quanto tempo foi?
Não sei!
Só sei que foi há muito pouco tempo!
O relógio, depois de doze horas, volta sempre a passar no mesmo lugar...

sábado, janeiro 27, 2007

terça-feira, janeiro 23, 2007

A felicidade exige valentia

Posso ter defeitos, viver ansioso e ficar irritado algumas vezes mas, não esqueço de que minha vida é a maior empresa do mundo, e posso evitar que ela vá à falência. Ser feliz é reconhecer que vale a pena viver apesar de todos os desafios, incompreensões e períodos de crise. Ser feliz é deixar de ser vítima dos problemas e se tornar um autor da própria história.
É atravessar desertos fora de si, mas ser capaz de encontrar um oásis no recôndito da sua alma.
É agradecer a Deus a cada manhã pelo milagre da vida. Ser feliz é não ter medo dos próprios sentimentos. É saber falar de si mesmo. É ter coragem para ouvir um "não". É ter segurança para receber uma crítica, mesmo que injusta. Pedras no caminho? Guardo todas, um dia vou construir um castelo...

Fernando Pessoa

segunda-feira, janeiro 22, 2007

Babel


Como diria uma grande Mestra: "Somos todos bichinhos insignificantes, mas muito especiais..."

quarta-feira, janeiro 17, 2007

Amigos


Aos A, C, D, E, F, H, I, J, L, M, N, P, R, S, T e Z



Tenho amigos que não sabem o quanto são meus amigos. Não percebem o amor que lhes devoto e a absoluta necessidade que tenho deles.
A amizade é um sentimento mais nobre do que o amor, eis que permite que o objeto dela se divida em outros afetos, enquanto o amor tem intrínseco o ciúme, que não admite a rivalidade.
E eu poderia suportar, embora não sem dor, que tivessem morrido todos os meus amores, mas enlouqueceria se morressem todos os meus amigos! Até mesmo aqueles que não percebem o quanto são meus amigos e o quanto minha vida depende de suas existências…
A alguns deles não procuro, basta-me saber que eles existem. Esta mera condição me encoraja a seguir em frente pela vida.
Mas, porque não os procuro com assiduidade, não posso lhes dizer o quanto gosto deles. Eles não iriam acreditar. Muitos deles estão lendo esta crônica e não sabem que estão incluídos na sagrada relação de meus amigos.
Mas é delicioso que eu saiba e sinta que os adoro, embora não declare e não os procure. E às vezes, quando os procuro, noto que eles não tem noção de como me são necessários, de como são indispensáveis ao meu equilíbrio vital, porque eles fazem parte do mundo que eu, tremulamente, construí e se tornaram alicerces do meu encanto pela vida.
Se um deles morrer, eu ficarei torto para um lado. Se todos eles morrerem, eu desabo!
Por isso é que, sem que eles saibam, eu rezo pela vida deles. E me envergonho, porque essa minha prece é, em síntese, dirigida ao meu bem estar. Ela é, talvez, fruto do meu egoísmo.
Por vezes, mergulho em pensamentos sobre alguns deles. Quando viajo e fico diante de lugares maravilhosos, cai-me alguma lágrima por não estarem junto de mim, compartilhando daquele prazer…
Se alguma coisa me consome e me envelhece é que a roda furiosa da vida não me permite ter sempre ao meu lado, morando comigo, andando comigo, falando comigo, vivendo comigo, todos os meus amigos, e, principalmente os que só desconfiam ou talvez nunca vão saber que são meus amigos!
A gente não faz amigos, reconhece-os.


Vinicius de Moraes

domingo, janeiro 14, 2007

Em casa do Oliveira

Ao RO

Em casa, o Oliveira dá sempre goleada!
Parabéns por mais uma grande vitória!!!